quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Multidão



Homens e mulheres absortos
Nos próprios pensamentos
Milhares de estranhos rostos
Abandonados ao relento

Nada desperta mais minha imaginação
Que o pulsar incessante de uma multidão
Tantas histórias, tantos olhares;
Quantas conversas, quantos lugares!

“Quem são e de onde vieram?”
Indago-me inutilmente
Observo-os enquanto esperam
A morte chegar lentamente

Sempre mudando e sendo renovados
Ainda parecem os mesmos ali parados
Cada um seguindo seu caminho
Numa multidão, todos sozinhos.

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