Homens e mulheres absortos
Nos próprios pensamentos
Milhares de estranhos rostos
Abandonados ao relento
Nada desperta mais minha imaginação
Que o pulsar incessante de uma multidão
Tantas histórias, tantos olhares;
Quantas conversas, quantos lugares!
“Quem são e de onde vieram?”
Indago-me inutilmente
Observo-os enquanto esperam
A morte chegar lentamente
Sempre mudando e sendo renovados
Ainda parecem os mesmos ali parados
Cada um seguindo seu caminho
Numa multidão, todos sozinhos.