terça-feira, 30 de junho de 2015

A(mar)gura

Já não existe esperança
O horizonte é todo tormenta
Tempestade impetuosa e violenta
Sem promessa de bonança

Só me resta lutar em vão
Contra essa imensidão
Salgada de rancor
Aguada de dor

E vou morrer afogado
Em busca de um cais
Mas talvez do outro lado
Eu encontre minha paz

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Sonho n°9

Cada bala disparada
É uma multidão enjaulada
Em dor e sofrimento
Solidão e desalento

A arma não escolhe
Pra onde é apontada
A mão que destrói
É também dilacerada

Não adianta atacar de volta
Não consegue perceber?
Que toda essa revolta
Destrói também você

Nada se constrói com destruição
O passado já ficou pra trás
E é somente com união
Que alcançaremos a paz